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IPACRI

Verdadeira Identidade

Quem é você? Quem sou eu? Qual é a nossa verdadeira identidade?

A medida que o tempo passa, começamos a desenvolver a nossa personalidade e o nosso caráter, ou seja, a nossa identidade.


Continuamos nessa jornada, até que, pela misericórdia do Senhor, aceitamos Jesus e somos adotados na família de Deus, na família real: “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os torna filhos por adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai” (Romanos 8.15).

Essa adoção é um ato de amor de Deus por nós, e passamos então do medo ao amor. É uma reviravolta tremenda na nossa vida, para melhor, pois, se antes temíamos o futuro, a morte, agora aguardamos confiantes na expectativa pelo encontro com o amor de Deus na eternidade. Agora, igualmente nas adoções aqui na terra, nós também passamos a condição de filhos do coração. Filhos do coração de Deus. Recebemos um novo nome conforme está escrito em Apocalipse 2.17.


Quando um herdeiro ainda é menor de idade, e o seus pais já faleceram, é nomeado um tutor, normalmente um advogado, para cuidar de seus interesses. Nós, num certo sentido, somos ainda crianças espirituais porque não alcançamos ainda a plenitude de nossa vida espiritual. Por isso, nosso Pai nos deu um tutor para cuidar de nós: o Senhor Espírito Santo. Ele é aquele que nos ampara, protege, defende, é o nosso guardião. Veja o que disse Jesus: E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre (João 14.16).


Alguns pais costumam fazer um testamento deixando para os seus filhos a herança que lhes é devida. Deus pai, no seu zelo e pelo grande amor por nós e não querendo que percamos a bênção, a herança, que tem para nós, fez um testamento — a Bíblia Sagrada — para nos orientar até que tenhamos posse da nossa maravilhosa herança. (Gl.4.7). Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.


Lamentavelmente muitas pessoas vislumbram essa porta que se abre para pertencer a família de Deus, mas não assumem completamente a identidade da família real a qual poderia pertencer. Ficam divididas entre a identidade com o mundo e a identidade com Deus. Estão como os israelitas no deserto: saíram do Egito, mas o Egito não saiu deles.

São pessoas que perderam a identidade. Existe uma palavra para definir as pessoas que têm uma personalidade fraca, chama-se psicastenia. Elas variam conforme o tempo. Dependendo das circunstâncias. Uma hora pendendo para um lado, outra hora para o outro. São uma “Maria vai com as outras”.


Para exemplificar, quero comparar com o que aconteceu com Moisés. Ele estava condenado à morte por Faraó, que queria que fossem mortas todas as crianças judias do sexo masculino. Sua mãe mandou colocá-lo dentro de um cesto no rio, e ele ali estava perdido, sem saber que estava perdido. Mas, pela “graça” da filha de Faraó, foi salvo e passou a viver no Palácio com a família real. Até que um dia, sentiu saudades da vida anterior que tinha fora do palácio e voltou para visitar o mundo em que vivia antes e acabou matando um egípcio que estava maltratando um judeu. Com medo do Faraó, acabou tornando-se um foragido da justiça, perdendo todos os privilégios que tinha junto a família real.


Esses que estão divididos entre o céu e a terra, estavam nas mesmas condições de Moisés, perdidos e condenados à morte e foram achados pela graça de Jesus. Contudo, continuam perdidos dentro da igreja, dentro do Consulado Real.

Para vencermos as tentações do mundo, facilitando a nossa jornada aqui na terra, Deus já nos adiantou algumas bênçãos da nossa herança. Nos deu o dons espirituais, a proteção dos anjos, autoridade sobre o diabo, a Bíblia, o Espírito Santo e estabeleceu a igreja como um consulado a serviço do Reino de Deus para cuidar dos cidadãos do céu, enquanto ainda estão aqui nessa pátria terrena.


Se cremos em Jesus sinceramente e nos batizamos, podemos assumir com convicção a identidade de filhos adotados por Deus, pois, para o Senhor, já pertencemos a Sua família. Portanto, não olhemos para trás e, sim, para frente, para o futuro maravilhoso que nos aguarda. Glória a Deus! Amém!

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